terça-feira, 28 de abril de 2009

Madame Zoraide Tabajara

Aniversário é sempre assim: a gente tenta repetir o que deu certo no que passou, quer estar perto das pessoas queridas, passa o dia inteiro atendendo o telefone e se surpreendendo com pessoas que não imaginava que iriam mandar um parabéns...

Além disso, eu mantenho por hábito há alguns anos fazer o mapa astral, a tal Revolução Solar que acontece nessa época do ano de cada um.

No ano passado, por indicação de um amigo, troquei de astróloga, que graças a Deus não acertou nada, porque só me deu notícia meia bomba. Mesmo assim, resolvi voltar! Apesar de quase ter esquecido, consegui marcar um horário ontem, aos 45 do segundo tempo para ver o que os astros reservavam para mim nesses próximos 12 meses.

Pois não é que Madame Zoraide (não é esse o nome dela) resolveu repetir a mesma ladainha do ano passado? Quase sem mudar nenhuma vírgula! Nas duas primeiras previsões cheguei a falar que estava igual o do ano passado mas depois desisti. Fingi que estava prestando atenção e saí de lá indignada... Astróloga tabajara: tô fora!

Vou deixar os astros irem me mostrando dia a dia o que vai rolar na minha vida, já que dos meus passos cuido eu!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os Três Mosqueteiros (ou Três Patetas)


Já era pra sempre mas agora está aqui, no meu punho direito, meus dois amores, amigos, companheiros, irmãos de sangue, de lágrimas e de gargalhadas! Indelével!

Depois de algum tempo esperando o desenho perfeito, que veio pelas mãos do brilhante Christiano Mere, totalmente personalizado, com direito a altura, corte de cabelo e figurino próprios!

Apesar de nenhum dos dois estarem presentes para eu poder morder a mão de um deles, mordi a minha mesma! Advinha quem doeu mais para fazer? Eu mesma! Freud deve explicar!

Taí, fresquinha, inchada e em primeira mão, sem ninguém ter visto pessoalmente ainda (e antes do curativo tipo comida-pra-guardar-na-geladeira)

Amo vocês! 4ever! More then ever!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Da Capadócia

Depois de uma noite quase sem dormir de tanta ansiedade (parecia uma criança em véspera de excursão) chegou a hora! Cedo, por sinal! 8:30 tinha que estar na Central do Brasil para pegar um trem. O destino, que foi surpresa por algumas semanas, já havia sido revelado e eu mal cabia em mim de tanta excitação em busca de mais uma história diferente para contar!

Só andar trem, para mim, já seria um programa! Nunca tinha pisado na Central... Em pleno feriado, depois de uma greve a base de chicotadas que estamparam todos os jornais, aquilo era uma calmaria só! "Hoje é tudo parador" já anunciava a Marilene da bilhereria. Parador significa que vai parar em todas as estações, ou seja, um city tour pelo lado B do Rio (pelo menos da janelinha).

Já cheia de dicas dadas pela manicure e por um garçom do Hotel, sabia que não deveria pegar o último vagão, que é da galera do mal, que usa drogas durante a viagem, perigo total! Tá, só que nos dias úteis. Hoje nem o vagão feminino tinha serventia.

O trem da ida foi modelo roots! Aquele bem velhinho mesmo, com direito a sanfoneiro cego como prêmio para fotografar. Chegamos em Quintino (Baixada Fluminense), Igreja de São Jorge, o santo de hoje!

Tudo vermelho! E branco! Crianças, velhos, cachorros,... De tudo um pouco! Entre a via sacra de barraquinhas pelo caminho era impossível não encher os olhos com aquele vermelhidão de fitinhas, camisetas, velas, imagens do Santo montado em seu cavalo...

Ao chegar na igreja, uma multidão acompanhava pelo lado de fora uma das dezenas de missas do dia. O calor senegalesco derretia as pessoas além das velas. A chuva de água benta servia inclusive para um refresco entre as chaves de carro, fotos de família, carteiras de trabalho, diplomas e cartelas de remédio.

A expressão de fé de cada um me contagiava e assim como as letras de Roberto Carlos surgiram da minha memória adormecida, comecei a cantar todas aquelas músicas de missa (da época que ia a missa) e ... tá bom, confesso que me emocionei. Me deu vontade de sentir um pouquinho do que eles sentiam...

Guardei minha câmera, comprei meu santinho, fitinhas e fui lá pra chuva de água benta receber um pouco de proteção e pedir para uma lista grande de pessoas queridas.

Entrar na igreja era uma missão impossível (ou de muita devoção) mas com pessoas conectadas, em 5 minutos eu estava na sacristia, e pela porta lateral, tinha a visão similar a que teria a grande imagem do Santo Guerreiro com seu cavalo branco, registrando aquelas pessoas que não medem esforços para estar ali pertinho dele.

Acabada a missa, fui pro altar. A igreja não esvaziava por nem um minuto e os fiéis pediam para os voluntários encostarem seus objetos na imagem do santo e rezavam, choravam, pediam, agradeciam, batiam palmas...

A festa de Jorge continuaria com uma procissão, que não fiquei para presenciar, e como uma boa festa carioca que se presta, ia acabar com feijoada e samba na praça do coreto! Eu tomei só uma cervejinha pra não fazer desfeita (e porque o calor pedia!!).

Missão cumprida, energia recarregada, e mais uma experiência daquelas que vão demorar para desgrudar da retina!

"Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. "

Salve Jorge!

sábado, 18 de abril de 2009

São tantas emoções...

Domingo, 19 de abril é aniversário do Rei - 68 anos de idade e 50 de carreira. O Rei, que frequentou minha infância através da minha avó e os inevitáveis especiais de fim de ano da Globo.

Nunca fui fã dele mas confesso que a noite dessa sexta-feira mudou tudo! O responsável? Carlos Evanney. O sósia e cover carioca cheio de detalhes e emoções que teve seus 5 minutos de fama no Segundo Caderno do Globo especial sobre Roberto Carlos, e que lotou o pitoresco restaurante da Lapa, A Capela, na noite desse dia 17 de abril.


Na platéia, entre os fãs que acompanham a carreia de Evanney, senhoras de meia idade (e de idade inteira), famílias completas incluindo crianças e vovós e uma mesa com 5 jovens na faixa de seus 30 anos, que destoavam do cenário almodovariano do espaço de paredes rosas, banheiros com luz negra e e clássicos garçons de paletó branco (kitsch no último). Nessa mesa estava eu.


Eu achava que estava preparada para mais essa experiência antropológica mas o que presenciei, as emoções que vivi, foram muito acima de qualquer expectativa.

Vou chamar Evanney de Rey. E deixo o legítimo com o título de nobreza maior, Rei.

Para começar, quem atendeu o telefone para fazer a reserva da mesa? O Rey! Quem é que cuida da bilheteria (o ingresso custa R$ 10,00)? A filha do Rey, a Pryncesa Roberta Carla (é sério)! Quem é que cuida do merchandising, vendendo camisetas e CDs? Yolanda, a Raynha.

Entre um sucesso e outro, das românticas às animadinhas da Jovem Guarda, o Rey falava bastante, escorregando algumas vezes no português. Divulgava o churrasco no sítio em Jacarepaguá incluindo show, cerveja e refrigerantes, e a sensacional versão Y do Emoções em Alto Mar, com uma escuna pela Baía de Guanabara. Cada evento custa a bagatela de R$ 100,00 por pessoa, e as duas primeiras edições já renderam DVDs (também a venda).

Sorteios de brindes (camisetas e CDs, claro!) e um ligeiro bingo, cujos números ele mesmo decidia, baseado nas datas importantes como o dia do churrasco e o dia do show, entretinham a platéia na programação que durou 3 horas! Pedidos de músicas e notificações de aniversariantes presentes chegavam pelos guardanapos (não resisti e mandei um em nome da minha avó).

Um canal de TV aberta registrava a grande noite e fez com que o pavão do Rey se exibisse ainda mais, dando tudo de si, se derramando em charme, sorrisos e olhares. Minha câmera também animou o palco, habitado por um tecladista e um guitarrista (sósia do Pedro de Lara), que tinha como cenografia uma lona azul, tipo de caminhão, servindo de pano de fundo, com cartazes emoldurando aqueles 3 metros de puro improviso.


Me surpreendi ao perceber que eu sabia cantar todas as músicas (exceto Mulher Pequena, que não é da época da minha avó). E confesso que me arrepiei com os primeiros acordes daquele órgão típico de churrascaria ao anunciar "Como é grande o meu amor por você" e "Outra Vez". Não resisti e comprei o CD devidamente autografado pelo Rey, que ao escrever a data invertida (ano/dia/mês) me disse que é assim que o Rei escreve! Então tá...


Para terminar o espetáculo (sim, essa é a palavra certa para definir o que aconteceu naquele lugar), Yolanda traz as rosas vermelhas e o Rey circula por todo o salão entregando pessoalmente para todas as damas presentes. Tudo devidamente registrados pelas câmeras de celular e outros flashes, na tentativa de eternizarem o grand finale.


Abraço a Raynha e digo que vou voltar e levar mais gente no próximo show. Ela agradece e abre um sorriso enorme: "Vocês abrilhantam isso aqui". Quem abrilhanta é você, Yolanda, cuidando para que a cada noite dessas mais fãs tenham a sensação de ter passado bons momentos como se estivessem ao lado do Rei, o Roberto. Eu mesma tive essa sensação diversas vezes durante a noite.

Já com o restaurante quase vazio, peço ao Rey para posar para algumas fotos e ele pergunta se sou jornalista, onde vão sair as fotos, e vejo uma ponta de decepção ao dizer que não, é só para um blog mesmo. Na crista da onda (ou tentando estar), o Rey me diz, com aquele tom de voz de quem nunca perde a majestade "Me adiciona no Orkut! Coloca as fotos lá para eu ver!" e finaliza com uma piscadinha.

Evanney, no Orkut não vai dar, mas já adicionei você na coleção de momentos memoráveis da minha vida.

Agradecimento especial ao Bro, o grande divulgador, que me permitiu viver esse momento lindo...

sábado, 11 de abril de 2009

Algumas gotinhas...

Fim de tarde bonito e fui pra praia terminar o filme que estava na Holga. Cheguei no calçadão e o espetáculo da ressaca estava no auge! Um monte de gente assistindo, fotografando, os garis tentando varrer a areia da pista e da ciclovia, cachorros correndo, crianças brincando e 3 clicks depois, meu filme acabou!

Corri até em casa para pegar a outra câmera e fotografar mais! A luz estava incrível e ia render boas fotos.

Voltando a praia, resolvi ir caminhando pela areia, como várias outras pessoas faziam. Menos de 100 metros depois e 3 fotos batidas, veio uma onda que achei que só ia molhar meus pés. Só que molhou os pés, as canelas, os joelhos e me derrubou! Caí sentada e só deu tempo para levantar a câmera, a única coisa que estava nas mãos!

Nas mãos... porque no bolso estava meu iphone e minha chave de casa. Lá continuaram, molhados. Nos pés, as havaianas que ficaram de oferenda para Iemanjá. O iphone começou a gaguejar (estava ouvindo música) até que calou.

Voltei pra casa, ensopada e descalça, como todo mundo me olhando! A câmera está semi-viva... Não tira foto, o display não funciona e não passa as fotos para o computador. O iphone, morreu...

Valeu a pena? Não pelas fotos... Sim pela lição aprendida e mais uma história para contar! Agora resta esperar se eles voltam a vida ou qual será o tamanho do prejuízo.

Atualização: a câmera está voltando a dar sinais de recuperação e consegui tirar as 3 fotos de lá. Essa aqui foi a última, a derradeira onda que me derrubou! FDP!!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

"I will always love you"


Escrever sobre a minha irmã é a coisa mais fácil e mais difícil ao mesmo tempo...

Minha irmã mais velha. Maria Eduarda. Dada. Dudinha. Só 2 anos a mais. Ariana. Alta. Linda. Brava. Carinhosa. Minha melhor amiga. Sem sombra de dúvidas. Daquelas que a gente briga e fala a verdade, sem ter medo do que vai ouvir de volta. Daquelas que a gente conta tudo e leva bronca, quando tem que levar.

Mas não foi sempre assim. Tem aquela fase em que 2 anos separa uma pirralha de uma pseudo-adulta e era como ela me tratava! 14/16, 15/17... Me dedurou quando fiz coisa errada. Me excluía de assuntos de adolescente. Tinha segredos e códigos na agenda que eu bem tentava ler escondido. Não brincava mais comigo. Normal...

Quando ela veio morar no Rio e eu fiquei sozinha, trocávamos cartinhas de saudade, ela me contando como era tudo por aqui, as novidades, os programas que ela fazia... A gente teve até uma música nessa época "I will always love you" da Whitney Houston. Não podia ouvir que caía no choro (e acabei de colocar aqui para lembrar e advinha?? chorando...). Até que chegou a minha vez de vir pro Rio.

Moramos juntas durante uns 4 anos - parte no quarto e sala da Rua da Matriz, parte no dois quartos da Vinícius. Uma época que não sei quem era mais difícil: eu ou ela! Cheias de personalidade, qualquer coisa era motivo de briga! Mas foi ali que amadurecemos juntas e nos escaldamos para a vida. Sei que já éramos amigas, e apesar de todos os barracos, ela sempre me levava com as amigas dela para o People, El Turfe, Gattopardo. Nos divertíamos pra caramba!

Saí dali pra casar e voltei da lua de mel com um CD da Marisa Monte me esperando com um bilhetinho falando da música "Amor I love you". Uns 2 anos depois foi a vez dela casar... A noiva mais linda e feliz que já vi (muito mais do que eu!) e eu amo o amor deles.

Fiquei doente, me separei. Fiquei feliz, sofri de amor. E ela sempre do meu lado, nunca me julgou. Sempre me defendeu como uma mãe. Minha irmã sai correndo de onde estiver se eu precisar dela. Seja para conversar, para chorar, para cuidar da minha dor de cabeça ou dor de barriga. Me dá colo sempre que eu preciso.

Sempre passamos reveillon juntas e, independente de onde vamos estar, o importante é estar com ela! Me dá sorte para o ano que começa! No ano passado viajamos juntas para NY, só nós duas... um sonho realizado! (Essa foto aí em cima é da viagem)

A gente malhava juntas, fazia unha juntas, um monte de programas de mulherzinha mesmo. Mas o personal nos abandonou, a manicure trocou de salão e deixei de estar com essa menina o tanto quanto eu gostaria! Mesmo ela morando há uns 2 km da minha casa!

Mas cada uma tem a sua vida, seu trabalho, seus programas e esses encontrinhos tem ficado mais raros, e eu sinto falta. Mas tenho certeza que a gente pensa uma na outra todo dia!

E hoje ela me fez rir e chorar. Rir de lembrar de várias histórias impublicáveis. Chorar de saudades. Chorar de amor.

Happy Birthday, Sis! I will always love you...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pessoas

É bom estar perto de pessoas. Pessoas que gostam de pessoas. Pessoas que gostam de você e das mesmas coisas que você. De ser. Humano.

É bom estar perto de pessoas que gostam de falar e escutar. Não simplesmente ouvir. De rir. De sorrir.

É bom estar perto de pessoas que despertam na gente vontade de ser mais gente. Vontade de abrir os braços e o coração. De dar a mão.

É bom estar perto de pessoas que sabem achar graça de si mesmo. De contar piada, contar viagens, mas jamais contar vantagens.

Obrigada, Pessoas!