quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A gente não quer só comida...

Nova York é assim: arte, cultura, informação e intervenção em qualquer esquina. (Além do consumo, claro!)

E no mesmo dia, depois de visitar uma galeria super bacana e o meu sempre favorito MoMA, fiquei pensando na arte, na sua subjetividade, na sua profundidade ou superficialidade, mas principalmente na arte que conversa comigo, fala a minha língua. Fala, lê e escreve. E cheguei a uma conclusão bem simples para classificar a arte que eu gosto:

Aquilo que eu gostaria de ter feito; e/ou
Aquilo que eu gostaria de ter na minha casa.

Fora isso, que me desculpem os experts, os marchands, etc, mas não me ganha.

Essa regra serve para qualquer tipo de arte, inclusive música, poesia, fotografia...

E nesses dias esbarrei muito com "o meu tipo de arte", relembrando músicas antigas e cantando no metrô, ouvindo novas bandas que cantam com a alma (além de todo tipo de instrumento, de violino a serrote), visitando uma exposição de fotos que me arrepiou, ouvindo a história da esquina que viu o beijo mais lindo do mundo, vendo idéias simples e fantásticas em papelarias ou lojinhas de design,...

E antes que acabe a semana, esbarro com um poema que me fez chorar, com palavras que parecem que foram roubadas do meu coração, palavras que eu não escrevi mas queria ter escrito pois são latentes na minha cabeça. (Vou pedir permissão para a autora e publicar aqui)

Eu preciso dessa arte, essa que mexe comigo, como eu preciso de ar ou água para sobreviver. E a cada dia que passa tenho mais certeza disso. Tenho esquecido de "tomar" minhas doses diárias e deixado de ver um pouco as cores e os sons bons da vida.

Note to self: não passar um dia sem a minha dose mínima.

Ah! E para terminar, deixo uma frase que ouvi e que mexeu muito comigo porque nunca tinha pensado nisso: "A música é a única arte que te ataca pelas costas", de Millor Fernandes.

3 comentários:

drika disse...

por mais q eu tenha estudado arte, uma coisa me foi bem ensinada. arte é aquilo q agrada teu olhar. (ou seu ouvido)
aquilo q te faz parar e sublimar.

tempos, períodos, e o q mais. pra um simples mortal, arte é aquilo q se gosta.

Flávia Stefani disse...

Doida pra ler o poema :-)

IsABela araÚjo siLVA disse...

cadê o poema? eu querooo.