Minutos divertidos, bem humorados, leves e que passaram rápido. Me mostraram que uma pessoa de bom coração vai ser sempre especial, por mais que não tenha dado certo e sem importar o caminho que as vidas tomam.
Eu, como sempre, enxerida, dando palpite na vida dele, dando esporro, zombando de características que jamais vão deixar aquela personalidade. Mas tudo isso foi levado numa boa. Rimos de tudo. Gargalhamos só de imaginar ele no Hawaii e com a minha sugestão de levar o recém-nascido dele para a praia, para variar a paisagem (ele odeia praia!).
A grande surpresa veio no dia seguinte, com outro telefonema dele, que começou com a frase:
- "Pode trocar seu carro!"
- "Como assim? Você vai pagar para mim?"
- "Não... Saiu a restituição do imposto de renda de 2005 e 2006 e recebemos uma bolada! Estou depositando metade para você na segunda-feira."
Eu nem sabia que tinha dinheiro para receber, e ele não precisava ter me ligado nem me dar metade. Mas aquele figurinha continua o mesmo! Honesto até com a sombra dele. Uma pessoa que apesar de todos os seus defeitos, como todos nós, tem um bom coração.
A gente vive tão armado e tão desconfiado de todo mundo que hoje em dia o ser honesto, ser verdadeiro, ser bom, é o que nos surpreende, quando deveria ser o contrário.