quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Para lembrar que existem pessoas boas

42 minutos no telefone com quem fez parte da minha vida por 8 anos, que não faz mais há quase 4, que não vejo há mais de 1, e que não falava há 6 meses.

Minutos divertidos, bem humorados, leves e que passaram rápido. Me mostraram que uma pessoa de bom coração vai ser sempre especial, por mais que não tenha dado certo e sem importar o caminho que as vidas tomam.

Eu, como sempre, enxerida, dando palpite na vida dele, dando esporro, zombando de características que jamais vão deixar aquela personalidade. Mas tudo isso foi levado numa boa. Rimos de tudo. Gargalhamos só de imaginar ele no Hawaii e com a minha sugestão de levar o recém-nascido dele para a praia, para variar a paisagem (ele odeia praia!).

A grande surpresa veio no dia seguinte, com outro telefonema dele, que começou com a frase:

- "Pode trocar seu carro!"
- "Como assim? Você vai pagar para mim?"
- "Não... Saiu a restituição do imposto de renda de 2005 e 2006 e recebemos uma bolada! Estou depositando metade para você na segunda-feira."

Eu nem sabia que tinha dinheiro para receber, e ele não precisava ter me ligado nem me dar metade. Mas aquele figurinha continua o mesmo! Honesto até com a sombra dele. Uma pessoa que apesar de todos os seus defeitos, como todos nós, tem um bom coração.

A gente vive tão armado e tão desconfiado de todo mundo que hoje em dia o ser honesto, ser verdadeiro, ser bom, é o que nos surpreende, quando deveria ser o contrário.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Culpado

Ontem ouvi a melhor explicação do por quê o Gabeira não ganhou as eleições: fez sol, muito sol...

Quem foi para a praia sem votar ficou com preguiça de sair e dó de perder um dia como há muito tempo não se via.

Quem viajou também acabou não voltando cedo para curtir o dia de verão em plena primavera.

Emocionante foi ver o Gabeira passar pela orla num Jeep aberto acenando para a galera e a praia inteira aplaudindo!!! Pena quem nem todo mundo tirou o pé da areia para ir votar.

Triste. Muito triste.

domingo, 26 de outubro de 2008

Samara

 O horário de Verão já começou, as cigarras já estão cantando e o sol ficou firme e forte a semana inteira. Com isso entrou em ação o meu Projeto Samara!

Primeira mudança de hábito: caminhar na praia todo dia de manhã. Sim, de manhã. Cedo! Quem me conhece pode achar que é lorota mas é isso mesmo! 8 da matina e lá estou eu fazendo um exercício para o corpo e para a alma.

O cheiro, as cores, o sol batendo no rosto, a areia ainda com as marcas de pneu dos tratores, as crianças na escolinha de futebol, as velhinhas e suas babás, tudo diferente. Tudo novo. Sensações nunca antes experimentadas.

Começo o dia com outro ritmo. Novos hábitos saudáveis estão na lista para serem implantados. Aguardem.

Ah! Você deve estar perguntando "Por que Projeto Samara?"... 
Explico depois! Fiquem curiosos por enquanto! 

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Luz no fim do túnel


Você também foi vítima do vestibular da PUC que parou o Rio? Aposto que seu perrengue não foi maior do que meu...

Trajeto inicial: Rio Centro (onde o Jacaré perdeu as botas) X Urca (onde eu deveria estar às 19:00)

Parte 1- 23 minutos de Jacarépaguá até o Fashion Mall (São Conrado).

Parte 2- 40 minutos do Fashion Mall até a entrada do túnel Zuzu Angel (uns 300 metros talvez). Primeira. Ponto morto. Primeira. Ponto morto. Já com dor na perna direita.

Informação relevante entre a parte 2 e a 3: acende a luz informando que a gasolina entrou na reserva. Resolvo então desligar o ar condicionado e abrir a janela, já que não faço idéia do que me espera pela frente.

Parte 3- 1 hora e 15 minutos dentro do túnel Zuzu Angel, com o ar desligado, a janela aberta, respirando poluição e o têrmometro marcando 39 graus. O medo de acabar a gasolina dentro do túnel foi muito maior do que a sensação de derreter literalmente. O santo foi forte e nada aconteceu! Nunca entendi tão bem o significado da expressão "ver a luz no fim do túnel". Tudo bem que já estava escuro mas pude respirar e sentir uma brisa no rosto melado.

Parte 4 - Leblon - abastecer o carro e pensar duas vezes antes de seguir adiante para pegar metada da aula. Mais 15 minutos até a Urca (ufa!). Não podia perder o meu único momento de prazer da semana por causa de 2:30 dentro do carro. Quase dormi mas pelo menos distraí a cabeça.

Como é que vocês, paulistas, aguentam tanto trânsito?? 

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

22/10/08 - 08:48:46

(e não é que o tal do iPhone tira foto direitinho???)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vida útil

O papo era só sobre geladeiras mas me deixou pensando...

Entre geladeira dos sonhos, de inox, coloridas, que escreve na porta, 270 litros, duplex, frost free, frigobar, duas solteiras relativizavam a importância das funções desse eletrodoméstico, enquanto o recém-casado ponderou que escolheu uma super geladeira de presente de casamento.

Ah!! Mais aí é diferente. Quando a gente casa quer uma geladeira que fique por muito tempo com a gente. Não é o tipo de coisa que se troca de dois em dois anos. Meus pais, por exemplo, tiveram a mesma geladeira que ganharam de casamento por quase 20 anos!

- Sim, mas isso era no tempo que as geladeiras duravam...
- É, e os casamentos também.

Hoje em dia, o que dura mais?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estômago

É estranho passar pela frente de um prédio que você passa todo santo dia e saber que nessa madrugada aconteceu um assassinato lá. Principalmente quando esse prédio está à uma quadra da sua casa. E ainda mais sendo o prédio mais caro e mais seguro do Leblon.

É aquele prédio dos seguranças que são meus amigos... Hoje, ao vir trabalhar, não vi os seguranças, talvez porque os carros de polícia e câmeras de TV tenham chamado mais a minha atenção.

A sensação é a mesma de terem matado alguém que você conhece ou alguém que mora embaixo de você. Mas você estava dormindo e não ouviu o tiro. Como é que uma coisa dessas acontece?

Como é que um cara de 28 anos dá um tiro na pessoa responsável pelo sustento de toda sua família por quase 3 décadas? Como é que uma pessoa arruína a própria vida e a vida dos outros com tanta facilidade?

Essa indignação também serve para o caso de Santo André. A diferença? Um empresário milionário de 73 anos e uma menina classe média baixa de 15 anos.

No auge da juventude ou na tranquilidade da terceira idade, ninguém merece ter a vida interrompida por um problema dos outros. Ninguém tem direito de tirar de uma família um pai ou uma filha.

Vou mudar o caminho por uns tempos. Não quero passar ali. Não gosto de piscar os olhos e visualizar essa cena. Não quero ler jornal, nem ver televisão. Estou enjooada com tudo isso. Onde isso tudo vai parar? Que mundo meus filhos vão encontrar? E meus netos? Embrulhei.

domingo, 19 de outubro de 2008

Mayday

O assunto é vaso entupido! Vaso sanitário, não vaso sanguíneo.

Comecei a semana ouvindo uma história engraçadérrima que uma amiga no trabalho contou. Seu tio foi para os Estados Unidos sem falar uma palavra de inglês. Dentre os apertos que ele passou, o entupimento do vaso no quarto do hotel ele conseguiu resolver rapidinho!

Ao ver a água transbordar, não hesitou em passar a mão no telefone, ligar para a recepção e começar a gritar: "Mayday, mayday". Como ele já tinha ouvido, num filme, um piloto de avião usando a expressão numa situação de perigo, achou que ia funcionar. E funcionou.

Já eu, cheguei em casa, na quinta a noite e dei de cara com o meu vaso entupido. Como descobri que a minha sócia usa meu banheiro, só pode ter sido ela, já que eu saí de manhã e estava tudo normal.

Convivi com a água subindo até a borda e descendo até hoje de manhã, quando a maldita transbordou. E agora? Como é que se desentope um vaso? Nunca fiz isso na vida. Disque S.O.S Mãe. A instrução é simples: 

- Compra uma bomba de desentupir e mete bronca!
- OK, mas o supermercado acabou de fechar. 
- Então deixa para ela cuidar disso na terça.
- Mas agora sou eu que estou usando o banheiro de empregada!
- Então veja se o porteiro não tem para te emprestar.
- Tenho vergonha. O porteiro vai achar que eu entupi o vaso.
- Larga de ser boba! Vai lá e resolve logo.

Desci para pegar o instrumento, morrendo de vergonha e de medo de encontrar algum vizinho no corredor ou no elevador. Ufa! Consegui voltar ao terceiro andar sem cruzar com ninguém.

Algumas bombeadas e problema resolvido. Fui devolver rápido para ele entender que não era tão grave assim. E claro que nessa hora tinha que ter uma vizinha! Precisava???

Lembrete: na próxima ida ao supermercado, comprar um raio de uma bomba!!!

sábado, 18 de outubro de 2008

E lá vão eles...

Mudanças na minha vida são sempre acompanhadas de mais mudanças. Essas últimas são voluntárias. 

Eu buscava há umas duas semanas uma maneira de marcar mais essa mudança de fase na minha vida. Pensei em trocar de carro, mudar de casa, pintar uma parede, fazer outra tatuagem, mas optei pela mudança mais visível. Aquela que absolutamente todo mundo que te conhece percebe que você mudou: do porteiro do prédio ao seu chefe no trabalho.

Me lembro de ter usado essa mesma tática quando troquei de emprego, quando me separei, quando me apaixonei...

Hoje tomei coragem e lá fui eu para uma simbólica sessão de "exorcismo". Bastaram algumas tesouradas para que uma nova Anna aparecesse no espelho. As primeiras mechas ficaram na minha mão, com a intenção de trazer para casa, mas não preciso mais delas.

Com uns 10 centímetros a menos de cabelo me sinto mais leve, mais bonita, mais corajosa. Como eu precisava disso...  

Para o Mundo da Fantasia

Acordei com vontade de ir para a Disney. Engraçado, né? Fazem mais ou menos 10 anos da última vez que estive lá, já adulta. 

A gente cresce e acha que tem que conhecer só destinos "de gente grande" cheios de cultura, história, paisagens diferentes. E acaba deixando para trás um lugar que é "de mentirinha", que foi completamente construído voltado para o consumo, diversão... O que tem de errado com consumo? Com diversão? Com a mágica que aquilo tudo exerce sobre crianças, adolescentes e adultos?

Um lugar onde a única preocupação é o tamanho da fila da montanha russa do momento (há 10 anos ainda era a Space Mountain, aquela no escuro) e que horas o Mickey vai aparecer. Afinal uma foto com Mickey é um troféu. Com a Minnie é um troféu de segundo lugar.

Capa de chuva amarela, comer sorvete com formato de Mickey, pipoca, cachorro quente, ver crianças frustradas porque são menores que o mínimo exigido para o brinquedo, parada no final do dia, quais atrações não perder, qual o parque do dia seguinte... Se sentir criança, fazer bobagem, brincar!!! Há quanto tempo você não brinca de verdade? 

Taí! Era onde eu gostaria de estar agora. Vou subir a Disney na lista do ano que vem.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pode chamar do que quiser

Hotel lotado. Ouço a seguinte frase:
- Você é pé quente, hein, Anna!!

Frase que imediatamente veio na minha cabeça:
- Não, eu sou competente.

Sorri. Não respondi. Só eu precisava dessa resposta.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A carta

Hoje eu recebi uma carta. Isso mesmo: uma carta, pelo correio, com envelope, selo, escrita a mão. Uma carta que eu estava esperando. Uma carta de amor.

Não uma carta de amor como vocês devem estar pensando. É de um amor imensurável e incondicional. Um amor que está acima de qualquer coisa. Um amor que nos é entregue no primeiro segundo em que chegamos nesse mundo. Aquele amor de quem "daria a vida para me ver feliz", como está escrito em uma das linhas.

A letra inconfundível. O carinho e a preocupação também. As vírgulas, os pontos, as broncas... Uma carta recheada de verdades. Verdades que eu precisava ouvir faz tempo mas que ninguém tinha coragem de me dizer.

Verdades que não poderiam ser ditas por telefone, por e-mail, nem mesmo pessoalmente. Só uma carta poderia ser portadora dessas verdades. O vento leva as palavras, o tempo deixa os e-mails lá no fundo da caixa de entrada. Mas o papel vai estar comigo, nas minhas mãos, bem acessível, para me lembrar todos os dias.

Não tenho palavras para agradecer por essa carta que será a minha leitura diária matinal. Mesmo assim, vou tentar, sem muitas palavras, mas também com muita verdade.

Com todo o meu amor, do fundo do meu coração, OBRIGADA!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sua vida dava um filme?

Você já assistiu filmes onde viu flashes da sua vida na telona? Se enxergou no personagem? Enxergou fatos e diálogos que aconteceram com você? Reviveu emoções adormecidas?

Acho que é comum isso acontecer com a maioria de nós. Mas o filme de hoje me pegou desprevenida e escrevo esse post chorando ainda.

Mexeu no baú de emoções guardadas lá no fundo e outras que ainda estão bem acessíveis. Me lembrei que a vida pode ser curta demais para ponderarmos certas atitudes. Me lembrei que a coragem, ou a falta dela, são os fatores que nos fazem escrever os próximos capítulos da nossa história. E que raramente dá para voltar atrás.

Acontecimentos que mudam a nossa maneira de ver a vida. Que nos fazem pensar menos no amanhã e viver o hoje como se fosse o último dia. Que nos fazem dizer o que sentimos e pensamos, sem meias palavras. Que nos permitem experimentar sentimentos nunca antes vividos. Quem nos fazem não ligar para o que os outros pensam. Que nos fazem querer mais da vida. 

Assista "Fatal" e veja se mexe no seu baú. Não me responsabilizo pela bagunça que pode fazer em você. Ou não. Um nó na garganta certamente fica.

Tenho que pegar mais leve no próximo filme. Alguma coisa tipo "A Casa das Coelhinhas"... 

domingo, 12 de outubro de 2008

Dia das Crianças - sem acidentes

Há 1 ano atrás eu sofri um acidente. Na verdade eu causei um acidente. Aquele cinematográfico tombo de skate. Nem me lembrava mais dele, mas hoje ao passar na frente do Baixo Bebê veio o filme inteiro na minha cabeça. Fiquei arrasada.

Rezei para o anjo da guarda do Miguelzinho, para o meu anjo da guarda e para o de quem me ajudou naquele dia. Foram esses anjos que salvaram 12 de outubro de 2007 de um desastre! Há 1 ano não encosto no meu skate. E nem pretendo...

Hoje é Dia das Crianças de novo e parte das cenas se repetiram. Praia cheia com os mesmos brinquedos do ano passado (e de todos os anteriores): bicicletas, patins,... E eu curtindo meu presente!!!

É isso mesmo! Me dei um presente. Ele fala, toca música, tira fotos, navega na internet, e mais um monte de coisas que ainda estou descobrindo. Sei que um tempo atrás eu disse que não queria essa convergência toda, que cada coisa era uma coisa, mas cedi aos encantos do iPhone! E estou apaixonada pelo meu brinquedo novo. 

Bom, um Feliz Dia das Crianças para aqueles que deixam a criança que existe dentro de nós passear por aí quando dá na telha! E que não seja só uma vez por ano...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Você quer ser feliz ou quer ter razão?"

Queria agradecer à todos vocês pelas demonstrações de carinho, de preocupação e pedidos para voltar a escrever logo... Eu estou bem!

Estou voltando, devagarzinho. Essa semana tive dias importantes, de fichas caindo, pequenas alegrias e voltando a tomar o controle pela minha vida que ameaçou desgovernar.

Hoje o dia amanheceu com sol e céu azul que apesar de não ter vingado para o resto do dia, conseguiu iluminar minhas horas e me fez tomar decisões que certamente vão me deixar mais leve e mais no rumo do que pode me fazer feliz.

Ainda tenho obstáculos para saltar mas essas "olimpíadas" tem previsão para acabar mas enquanto isso continuo usando a minha capa mágica de Mulher Maravilha, e me preocupando com um dia de cada vez.

Para o que não tem solução, a gente fecha o tampo, mesmo contra a vontade do coração. Mas o que tem jeito, nossa obrigação é arregaçar as mangas e fazer acontecer.

Ainda bem que percebi a tempo de não deixar meu barco afundar de vez. Estou ancorada, fazendo os reparos e planejando uma nova viagem. Navegar em mar calmo é fácil mas é no mar revolto que a gente descobre do que é capaz de fazer. Mesmo que seja na marra.

Ah! E respondendo a pergunta título, eu quero é ser FELIZ!!!