sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu &... Michael?

Minha mãe disse que passou o dia inteiro esperando pelo meu post sobre o Michael Jackson. Expliquei que até pensei em escrever mas não tinha nada para dizer, simplesmente porque não lembro de nenhuma passagem do Rei do Pop na minha infância/adolescência. Poderia inventar um monte de histórias mas nada...

Isso mesmo! Não dancei Billy Jean nem Thriller! Em 82 eu tinha 5 anos! Talvez Bad, em 87. Já disse e repito que tenho problema de memória então... Para não dizer que não lembro de nada, lembro sim do clip de Black or White. Isso foi o que... 1991! Tinha 14 anos! Era fascinada pelas imagens e pela música, mas não tinha You Tube. Não sei onde eu assistia. Já tinha MTV na TV aberta? Não lembro de ter nenhum disco dele. Sei que conheço todas as músicas mas não consigo puxar na caixola de que época vem isso!

Em compensação, lembro bem dos meus outros ídolos, aqueles de comprar revista, disco, ficar namorando a capa... Além de Xuxa, claro, me lembro da época dos Menudos (meu amado era o Robby). Fazia aquelas faixas para a cabeça e dançava "Não se reprima" junto com a minha irmã (que gostava do Rey, se não me engano). Paulo Ricardo, com seu RPM, também habitava meus sonhos e cantava todas as músicas (acho que ainda tenho as fitas cassetes).

Tinha também a Tina Turner (frizava o cabelo junto com a minha prima na tentativa de ficar com "aquele" look) e Madonna (com direito a pinta perto da boca, na época de Like a Virgin e Like a Prayer), com direito a performances com um microfone laranja que também servia para irritar minha avó nos especiais de fim de anos de Roberto Carlos.

No time masculino, tinha também o A-ha (a capa do disco devia ficar melada de tanto beijar a boca do Morten) e o New Kids on the Block, iluminado pelos olhos azuis de Joe. E o impressionante é minha memória guardar as letras das músicas que é só começar que canto inteirinhas, e com as coreografias junto.

Já minha história com Michael não consta em nenhum arquivo desse HD capenga. O que não significa que eu não tenha ficado triste com a morte dele (jurava que era boato quando ouvi a mulher ao meu lado no provador de uma loja dar a notícia, também incrédula). Mas também feliz por estar ouvindo tudo (de novo?) e agora sim escrevendo algum registro sobre o gênio-louco-preto-branco que precisou chocar e se envolver em escândalos durante anos e por fim morrer para terminar esse capítulo-espetáculo da história. História triste, de uma cara infeliz, doente, que deixa muitas dívidas mas uma herança incalculável. História sem final feliz.

E talvez essa história seja similar a de quem viveu na época da morte de Elvis Presley, John Lennon e outras lendas da história da música. Um dia meus filhos vão ouvir falar nele, ouvir as músicas, ver os videos e provavelmente não vão se impressionar.

Mas sua música continua viva. Para mim, mais do que nunca.

(Quando chegar a vez da Madonna vou ter um monte de histórias para contar!)

(Há 24 horas só ouvindo Michael Jackson)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Prepare-se para chorar!

Recebi esse texto por e-mail, dizendo que era um artigo da Revista Exame (não sei se é nem quem escreveu pois não tinha créditos então se alguém souber, por favor colabore).

Tem muito a ver com aqueles drops que deixei aqui na semana passada. Tem a ver com o hoje! Tem a ver com a reflexão de como você está vivendo a sua vida. Se é que você está...

Me derrubou as 14:30 de uma terça-feira furacônica! Que ajude você a mudar alguma coisa na sua vida, pelo menos hoje.

"Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico.

Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios, como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação àaposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento ou quanto às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo.

Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada, o tesão que você sente pela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo.

Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem pra dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje.

PENSE NISSO !!!"

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Comemore!

Esse é o meu primeiro dia dos namorados oficialmente de coração desocupado, depois de muitos anos. Confesso que é estranho, diferente...

Estranho mas não é um grilo como muitas mulheres por aí que tem essa paranóia de desencalhar, de simpatia para Santo Antonio, de sair para caçar... Sou solteira por opção.

Eu já me casei quando achei que tinha que casar, me separei quando achei que tinha que separar, já amei e fui amada como muita gente (casada ou namorando) nunca foi.

Pretendentes não me faltam (e isso é ótimo para saber que tá tudo certo por aqui). Mas para que repetir padrões que eu não quero mais? Para que perder meu tempo com o que não me aproxima dos meus objetivos? Me divertir com alguma coisa que não vai dar em nada? E ainda correr o risco de me machucar ou machucar alguém?

O que eu busco ainda não tem nome, não tem formato, nem tamanho. Na verdade o que busco eu não busco. O que eu busco vai me encontrar.

Faz falta ter alguém para dormir abraçadinho, ver aquele filme bobo domingo a tarde? Claro! Faz falta ter alguém que te faça ir para a cozinha feliz da vida seja para fazer um banquete ou um misto quente? Sim, faz! Também faz falta beijar na boca, fazer sacanagem, falar bobagem, rir e chorar. Tem um lista enorme de "faltas" mas a gente consegue sobreviver sem isso. Não sei por quanto tempo, mas consegue!

E enquanto isso, estou me divertindo muito, cada dia mais apaixonada por mim, pela minha casa, pelos meus planos, pelas minhas fotos, pela minha família, pelos meus amigos, pela novas possibilidades, pela vida.

Sei muito bem o que eu quero e principalmente o que não quero. Sei o que me faz bem e o que faz mal. E Dia dos Namorados solteira? Não faz mal nenhum... Comprei um monte de presentes para mim e hoje vou comemorar em grande estilo! Tem uma champagne na geladeira esperando por um bom motivo para ser aberta e hoje eu encontrei um!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Drops Duplo

"Só existem dois dias no ano que você não pode fazer nada pela sua vida: Ontem e Amanhã"

Dalai Lama

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Chico Xavier

(não conhecia e quis deixar aqui para vocês - talvez a maioria já conheça mas é sempre bom lembrar de umas verdades tão importantes como essas...)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Poeminha

Quando você tem duas opções tudo fica mais difícil
Quando o difícil é decidir, o fácil é se omitir

Quando se omitir é fácil, o difícil é dormir
Quando dormir se torna uma opção, o difícil é dizer não

Quando amanhecer é esquecer, o difícil é não se perder
Quando se perder se torna uma opção, o difícil é não perder a razão

Quando é fácil entender a emoção, por que é difícil seguir o coração?
Assim só resta uma opção

Paulicéia desvairada

Nasci em São Paulo, mas não me lembro dos 6 primeiros anos de vida na terra da garoa. Acredito que durante a adolescência devo ter passeado por lá, mas também não me lembro. Já tiveram viagens a trabalho, sem grandes registros no HD.

Tá certo que eu tenho problema de memória, alguns dizem que é memória seletiva, mas não acho não... O fato é que minhas lembranças de Sampa são bem recentes, como se eu tivesse conhecido mesmo a cidade há uns 5 anos.

Aí começou uma história de amor com SP. E bota amor nisso! Não... não me apaixonei por nenhum paulista. Mas a cidade serviu de cenário de momentos felizes, inesquecíveis, sentimentos que revivo a cada pouso em Congonhas.

São Paulo também se transformou em problema e solução. Virou sinonimo de hospital, médicos, exames, pontos, UTI e então nasci de novo. Bem perto da data do meu "primeiro nascimento".

Uma nova fase da minha vida começava e a cidade permaneceu no meu caminho. Apareceu como possibilidade de uma nova vida com uma proposta de trabalho recusada. Apareceu com novos amigos (cada vez mais), fotografia e diversão.

Agora me fizeram escolher um time de lá para torcer (como se eu gostasse de futebol)! O "meu" e "então" não me incomodam mais (e já estou fazendo eles falarem "cara"). Já me entendo em certas áreas da cidade. Já puxo papo com taxista. E me vejo até morando lá (apesar de gostar do SPWeekend, sem engarrafamentos!)

E a cada vez que que chego lá gosto mais dos lugares, das pessoas, das inúmeras opções de programas que sempre servem de desculpa para um fim de semana especial. E volto para o Rio uma pessoa diferente.

É, San Pablo... Obrigada por me libertar. Obrigada por transformar meu olhar a cada visita. Obrigada por me fazer ver coisas diferentes em mim mesma e nas outras pessoas.