sábado, 31 de maio de 2008

Coming soon

Meninas, preparem-se!

As notícias são ótimas para quem adora o estilo filme mulherzinha! Vem aí uma leva ma-ra-vi-lho-sa!

Começa na semana que vem com a estreia tão esperada de Sex and The City! Hoje, pela primeira vez na vida, comprei um ingresso antecipado para o grande dia! 06 de junho! Save the date!

Assistindo a versão invertida do Casamento do Meu Melhor Amigo - o divertidíssimo Melhor amigo da Noiva (que os homens também vão adorar, pode acreditar!), vi o trailler do Mamma Mia - O Filme. Baseado no musical baseado na obra do Abba (que eu amo!), o filme parece ser ainda melhor que o musical! Com Meryl Streep no papel da mãe e Pierce Brosnan como um dos pais, o filme promete arrasar! Estreia nos USA em julho!

Outra notícia lida no It Girls, é que Becky vai para as telonas! Sim!! Delírios de Consumo de Becky Bloom, o primeiro livro da série que devorei, finalmente vai virar filme! Para mim, muito melhor que Bridget Jones! Não vejo a hora de finalmente dar uma cara a Becky e Luke! Esse estreia só em 2009...

É isso, meninas (e meninos que curtem o estilo)! Preparem-se para a nova safra!

E tenho que confessar: com esse bando de filmes que envolvem casamento, me deu uma vontade de casar de novo... Calma, Anna! Vontade é coisa que dá e passa!

Cableless Girl

Estou sem TV a cabo há uns 10 dias por motivos que prefiro não comentar... Mas posso fazer a seguinte constatação: é triste a vida de uma pessoa sem NET!

Não que eu seja a pessoa que mais assite televisão na face da terra. Na verdade não passo muito do 41, 42, 43... No máximo dou um pulo no 61 e olhe lá. Mas a TV é a minha companheira noturna. Sim, eu só durmo com a bichinha ligada. E não é no timer não!! É full time on! Preciso daquele barulhinho de fundo e aquela luz fraquinha da imagem.

Adorava dormir com Law and Order Special Victims Unit e acordar com aqueles pérolas do Polishop - de Flat Hose, AB Strech, Walita Juicer, Eletric Sweeper, Super Ladder até aquele DVD de colocar no carro e aqueles aparelhos que ralam, fatiam, e até decaptam alguém se necessário! Algumas vezes já acordei no meio da noite para trocar de canal, ou até mesmo fiquei assistindo alguma coisa interessante que estava na tela.

Agora não tenho solução ás quartas na hora do futebol a não ser a Luciana Argh Gimenez. Tenho ido dormir com o Amaury Junior ou com o Jô Soares! E já acordei com exorcismo evangélico, Globo Rural, Telecurso 2o grau, Pequenas Empresas Grandes Negócios,...

E ainda pensei que ia ser bom porque finalmente ia colocar a minha fila de livros para andar. Pretendia ler mais... Que nada! Agora fico presa nos canais abertos! Ontem até Globo Repórter eu assiti (até que foi interessante já que não era sobre a vida e o acasalamento das baleias).

Estou sofrendo de abstinência de Brother & Sisters, Saia Justa, Gossip Girls, Oprah, The Hills, House, até a chata da Fernanda Young seria bem-vinda! Mesmo com as milhares de repetições de todos os programas....

Aí você me pergunta: Por que não assina logo a NET de novo?? E eu te respondo que estou esperando entrar em vigor uma tal resolução que proíbe a cobrança de ponto adicional. Apesar de morar sozinha tenho a necessidade de ter a TV do quarto e da sala a minha disposição. Alguém sabe quando é que essa porcaria de resolução entra em vigor? Ou quanto custa um ponto adicional? Esse sofrimento está me trazendo uma economia de quantos centavos?

Ainda para sofrer mais um pouquinho vi na internet que a Sarah Jessica Parker vai no David Letterman hoje e que todas as meninas do Sex and the City vão na Oprah quinta-feira... O Fashion Rio vai começar e não vou ver nada???

Vamos ver quantos dias mais eu consigo ficar sem! Façam suas apostas!! Eu aposto em 2! Ou 1...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Coisas que uma caipirinha é capaz

Á passos tortos pela Dias Ferreira, depois de uma aula sobre buraco negro e caverna, seguida por caipirinhas, japonês, uma nova amiga e viagem marcada para Itália e Rússia, cruzo com uma cara conhecida.

Saco um sorriso e um tchauzinho super animado que é retribuído também com animação. Em frações de segundo percebo que aquela cara conhecida foi vista num palco. Em frações de frações de segundo consigo dizer: "Adorei sua peça!!!"

De uma amiga que ele não lembrava de onde me transformei numa fã!

Sou ótima fisionomista. O problema é descobrir de onde... Que mico!

F., obrigada por me tirar da caverna! Nossa girls trip tá de pé?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Linha cruzada

Acordou às 8 da manhã assustada. Um sonho que não sabia descrever nem dizer se foi bom ou ruim. Coração ficou apertado. Pegou o celular para ver se tinha algum recado. Nada. Nenhum e-mail. Tentou falar com ele. Nos dois celulares. Desligados. Imaginou que ele estivesse voando. Fazia sentido. O maior sinal que ele estava a caminho: fazia um dia lindo! Sempre fazia dias lindos quando ele estava para chegar. Céu azul. Sol.

Passou o dia inteiro na dúvida. Se ele estava fazendo uma surpresa de chegar sem avisar, ela faria uma surpresa maior ainda de ir ao aeroporto encontrá-lo. “Será que ele vem? Será que eu vou?” Olhou na internet o horário do vôo que normalmente ele vinha. Estava atrasado e só chegaria no fim da tarde. Deixou o dia rolar. Correu na praia, leu o jornal, almoçou com a família, quase como todo domingo.

Quando estava chegando na hora, ponderou que o trânsito até o aeroporto estaria infernal e achou melhor não ir. Além desse motivo, haviam muito outros que a razão mostrava para não ir. E quando ela mesma tentava responder o por quê de ter ido, caso ele perguntasse, ela não sabia responder. A única resposta que vinha a cabeça era "Meu coração mandou". O que aconteceria no caminho até a casa dele, quais assuntos iriam conversar, se ela o deixaria em casa e nada mais... pensou em tudo e não pensou em nada!

Ela havia recebido uma mensagem na véspera que durante a semana que se iniciava deveria ficar atenta aos sinais que a vida iria mostrar. Que respostas viriam em forma de sinais e que cabia a ela interpretá-los. Ela achou que tinha algum sinal por trás disso tudo e resolveu seguir o coração e a intuição. Colocou um vestido bonito, passou o perfume que ele gosta e seguiu. Rumo ao quê? Ela não sabia.

Chegou no aeroporto junto com o avião. O coração na boca. Ansiosa. Muita gente chegando, muita gente esperando. Ela se posicionou estrategicamente, encostada numa coluna, longe da aglomeração, mas onde ele não poderia deixar de vê-la. Depois de uma hora em pé, parte da excitação já tinha passado. As pernas estavam cansadas. Depois de duas horas em pé, e boa parte das pessoas já terem partido, chegou a conclusão que ele não estava nesse vôo.

A essa altura já havia perdido o horário do bailinho com suas amigas. Perdeu duas horas da sua vida e perdeu o bailinho. Mas buscava uma explicação de por que ela deveria estar ali. Por que ela não deveria ter ido ao bailinho.

Pediu para uma moça ligar para o telefone dele do Brasil e ver se chamava. Não queria que aparecesse o seu número e estragar a surpresa. Ainda tinha uma esperança que ele estivesse por trás daqueles vidros e que a alfândega tivesse criado caso mais uma vez. Caixa postal. Resolveu ligar para o telefone dele de Portugal. Chamou. Ela desligou. Ele não veio.

De volta no seu carro, pensou que tinha entendido o sinal errado. Que não havia sinal nenhum mas sim que ela era uma burra, que não tem que ouvir seu coração. Inconformada, revoltada, devastada. Lágrimas e soluços durante todo o caminho até que ela entendeu tudo. Mais do que um sinal, foi uma lição completa.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Cabala no Jô

Meu professor de Cabala foi no Programa do !!
Adorei! Mandou bem, Shmuel! Mesmo o querendo te pegar em alguns pontos.
Entrevista inteligente e sem perguntas sobre a Madonna!

Assistam aqui a entrevista!

Utilidade pública:

Brasil: 0800-723-7242
RJ: (21) 2526-3353

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Atenção, senhores passageiros.

Aeroportos são lugares estranhos...
Estranhos e mágicos, ao mesmo tempo.

Gente chegando, gente partindo.
Gente chorando, gente sorrindo.

Lágrimas de alegria de quem chega.
Lágrimas de tristeza de quem fica.

Alívio de chegar. Alívio de partir.
Ansiedade de esperar. Por ir ou por vir.

Pousos. Decolagens.
Conexoes. Escalas.
Embarque. Desembarque.
Na verdade, um lugar de encontros e despedidas.

Uma viagem de prazer. Uma viagem de lazer. Uma viagem para conhecer. Uma viagem para esquecer. Uma viagem de ida. Uma viagem que muda a vida. Uma viagem de volta. Uma viagem sem volta. Uma viagem a trabalho. Uma viagem chata. Uma viagem sozinho. Uma viagem acompanhado. Uma viagem para encontrar. Uma viagem para desencontrar. Uma viagem para comprar. Uma viagem para vender. Uma viagem curta. Uma viagem longa. Uma viagem de fuga. Uma viagem sem culpa. Uma viagem para resolver um problema. Uma viagem que vai gerar um problema. Uma viagem para espairecer. Uma viagem com emoção. Uma viagem de promoção. Uma viagem para ver o filho. Uma viagem para ver a mãe. Uma viagem por amor. Uma viagem com sabor. Uma viagem de lua de mel. Uma viagem de lua de fel. Uma viagem eterna. Uma viagem de estreia. Uma boa viagem. Uma primeira viagem. Ou apenas mais uma viagem.

Eu já deixei minhas lágrimas nos aeroportos de todos os cantos do mundo. Lágrimas de saudade, de coragem, de tristeza, de desespero. Lágrimas por ir. Lágrimas por voltar. Lágrimas por deixar. E sempre fico imaginando o destino e o motivo da viagem de cada um, quem está triste, quem está feliz, quem está viajando pela primeira vez, quem está de primeira classe...

Além de viajar, levar ou buscar alguém no aeroporto também me leva as lágrimas. Esse lugar mexe comigo. Vai entender...

Hoje foi dia de levar. Daqui a 3 semanas é vez de viajar. E chorar. E voltar.

Boa viagem, Sis! Volta logo!

Eu + Você ≠ Nós

Queria arrumar uma maneira de manter você no seu mundo.
Trancar a sua porta. Não deixar você sair daí.
Pois é ao seu mundo que você pertence.

Proibir sua entrada no meu mundo, no meu país, na minha cidade
Nas minhas esquinas, no meu pensamento.
Trancar a porta do meu mundo para não deixar você entrar.

Com você longe, tudo fica mais fácil, mais real.
Com você no seu mundo, eu vivo.
Com você no meu mundo, eu sobrevivo.

No meu mundo, não tem lugar para "você".
"Eu" e "você" não podemos viver no mesmo mundo.
"Nós" poderíamos, mas "eu" e "você" é diferente de "nós"

Teria lugar para "nós"... E como teria!
E assim teríamos o nosso mundo.
Um sonho que deixei de sonhar.

domingo, 18 de maio de 2008

A maratona "Zen" fim

Minha fase "aberta a novas experiências" me levou longe demais dessa vez. Fui convidada pelo meu personal para participar de um retiro nesse fim de semana. Um retiro de meditação e yoga. Mesmo nunca tendo feito uma aula sequer de yoga, ele me convenceu dizendo que ia ser bem light, mais sobre auto-conhecimento, ... Que de noite ia rolar um vinhozinho, comida caseira, etc. Um fim de semana na serra com gente bacana e um pouco de atividades.

Na sexta, saí mais cedo do trabalho porque não queria pegar a estrada a noite, sozinha. Não sabia muito bem o caminho, apesar de munida com um mapinha. O desafio começou aí. Ainda saindo do Rio, encontrei alguns obstáculos que tentei que fizessem me voltar. Primeiro o trânsito. Mas logo passou. Depois começou a chover. Mas logo passou.

Na estrada, já de noite, tudo ia bem, música boa no som... Até que cheguei na parte desconhecida, depois de Araras. Eram 12 km numa estrada sinistra, sem luz, sem sinalização e sem nenhuma alma viva. Quando surgia do nada um carro atrás de mim, podia jurar que ia ser assaltada, esquartejada e ninguém ia me achar (síndrome de quem vive no Rio). O celular parou de pegar e me perdi umas duas vezes. Quase voltei dali, mas já tinha ido tão longe que não podia desistir.

Depois de muita adrenalina, cheguei no tal sítio. Só 3 pessoas tinham chegado e já nos papos iniciais percebi que entrei de gaiata no navio. Todos estavam fazendo uma dieta de preparação durante toda a semana comendo SÓ arroz integral, molho shoyo e chá. Que a partir daquele momento todos ficariam em jejum. Ainda bem que eu tinha parado no Pavelka no caminho e comido 3 croquetes e tinha comigo um pacote de Passatempo salvador de vidas e uma barrinha de chocolate.

Quando chegou o resto da turma, éramos 18 no total. Sentamos em círculo e cada um foi se apresentando, dizendo quanto tempo praticava yoga e quais eram as expectativas para o encontro. Na minha vez, tratei de pedir desculpas e esclarecer que nunca tinha feito yoga, que não tinha feito a dieta do arroz e que não sabia o que estava fazendo ali.

No final da apresentação, depois de tomar um cházinho, fomos informados que as atividades no sábado começariam as 05:30!! Achei que era sacanagem, mas não era. Então, já para a cama!

Como fui a segunda mulher a chegar tive direito a uma cama, já que 9 mulheres iam dividir 2 quartos. Um acampamento de colchonetes. Todo mundo levou edredon, saco de dormir, toalha de banho, só eu desavisada não tinha o equipamento básico de sobrevivência. Na minha mala tinha sim secador de cabelo, revistas, livro, biquini, baralho,... Dormi com um lençol cobrindo a cama e um cobertor cobrindo a pele. Na verdade acho que não dormi. Passei a noite pensando como é que eu ia aguentar e o que me esperaria no dia seguinte.

As 05:30 em ponto começou a tocar aquelas músicas zen e todo mundo foi se levantando, se vestindo e saindo do quarto. Quis ficar por último para tomar banho (não rolou porque a água era fria) e tomar meu café da manhã (3 biscoitos) escondida no banheiro.

O dia começou com a leitura e discussão de um texto (meio cabeça para o meu gosto), alguns exercícios de yoga (que foram feitos rápido demais para eu acompanhar) e um outro exercício de abaixar, levantar, respirar, focar numa árvore, abaixar de novo, levantar de novo, respirar de novo, focar numa árvore de novo, durante 20 minutos. Quando achei que tinha feito coisa pra caramba, olhei no relógio e ainda eram 9:40! O dia ia demorar para passar.

Nessa hora rolou a parte do vômito. Isso mesmo. Lavagem estomacal. Todos beberam 2 copos de água, enfiaram o dedo na garganta para vomitar. Claro que eu não fiz isso e nem fui participar. Eles desceram para vomitar no riacho e eu fiquei na casa pensando como ia aguentar tudo aquilo. Soube que de manhã cedo eles fizeram a lavagem intestinal também...

Quando acabou, me chamaram para descer, e depois de mais um bate-papo sobre chacras, deu início a lavagem nasal, onde você coloca o soro por um buraco no nariz e sai pelo outro. Esse eu topei fazer porque tinha visto o Dr. Oz na Oprah outro dia falando que isso era ótimo para quem fica muito no ar condicionado, poluição,... E realmente é muito bom! A gente respira muito melhor. Recomendo!!

Com o nariz limpo, óleos essenciais para inalar. E chegou a vez dos Pranayamas, que são os exercícios respiratórios (essa parte foi boa porque foi ao ar livre, na grama). Respira forte 54 vezes tampando uma narina, depois 54 vezes com a outra. Saudação ao sol 24 vezes (uma para cada hora do dia). E voltamos para dentro da casa. Dessa vez para a lavagem dos ouvidos! Uma mega seringa (sem agulha) com água injeta com pressão e limpa fundo! Não fiz porque prezo minha audição e uso cotonete quase compulsivamente.

Exercícios de bater palma, de imitar o mestre, blá, blá, blá. 13:10 ainda!! Pausa para um relaxamento. Cada um deitadinho no seu tapetinho ou colchonete e um CD com aquela vozinha tranquila vai te levando para uma meditação. Claro que eu dormi! estava caindo de sono e de tédio. Uma sinfonia de roncos na barriga de fome de todo mundo que levava a sério a história do jejum. Eu comia um biscoito escondida entre uma atividade e outra.

Agora chegou o pior momento para mim. Dali deitados onde estávamos, formamos duplas (homem com mulher). Quem estava do meu lado e imediatamente se intitulou minha dupla, era uma figura parecida com o Professor Girafales (aquele do Chaves). Muito simpático mas feio pra burro! Enorme de alto, ele vestia uma calça de moletom vermelha com as meias azuis por cima da barra, prendendo a perna que devia ficar pescando siri. Ninguém sabia para que eram as duplas (se eu soubesse tinha simulado uma queda de pressão ou dor de barriga para fugir!)

O professor mandou um deitar (ele foi primeiro) e o outro (eu) sentar no meio das pernas dele, que me "abraçaria" com as pernas. Com um potinho de óleo aromático ao lado, eu tive que fazer uma longa massagem nos pés do "Girafa-les". Vocês não imaginam o sacrifício que foi! Um nojo! Eu evitava olhar mas as unhas dele eram enormes! Pensava na morte da bezerra para não lembrar do que estava fazendo. Massagem é uma coisa muito intima ainda mais no pé! Depois ele teve que me retribuir a massagem e de tão tensa agora preciso é de uma massagem nos ombros!

15:30... A atividade que veio em seguida é difícil de descrever. Era uma música de flauta, com 4 "frases" que foi repetida até a exaustão e que envolvia fazer movimentos com as mãos no tempo da música, com barbante, com a mão esquerda, indo, voltando, subindo, descendo e parei!

Fui para o quarto e desabei de chorar! Não aguentava mais! Não fazia sentido para mim. Estourei, explodi, enchi,... Queria ir para a minha casa, ver televisão, ir ao cinema, andar na praia, falar no telefone, tomar um banho, deitar na minha cama, comer, ... Mas não sabia como ia fazer isso! Estava com vergonha de simplesmente pegar a minha mala e ir embora! Todos foram tão legais comigo. Ali fiquei chorando e pedindo que alguém viesse atrás de mim e que eu pudesse falar.

Do quarto continuava ouvindo a música da flauta e cada vez que ela recomeçava eu voltava a chorar. Foi assim por meia hora, até que ouvi que ia ter uma pausa até as 18:00 e que cada um poderia fazer o que quisesse: caminhar, ler, dormir,... mas em silêncio, sem falar com ninguém. Uma das minhas room mates entrou no quarto e conversei com ela que queria ir embora e ela chamou o professor que tentou me convencer a ficar mas sem sucesso.

Peguei minha mala e a mesma estrada sinistra da ida pareceu o paraíso na volta! Que alívio. Cheguei em casa, pedi um bife com batata fritas e farofa de banana, tomei um banho quente e as 21:15 eu estava na cama! Exausta em todos os sentidos.

Valeu a experiência. Valeu aprender que cada macaco no seu galho. Valeu aprender que não sou nada zen. Valeu matar a minha curiosidade. Valeu conhecer pessoas diferentes. Valeu mais ainda voltar para a minha casa e curtir um domingo de muito sol!!!

Fim

Desculpa se ficou muito longo mas não dava para resumir muito essas longas 24 horas! E parabéns por ter chegado até o final. Eu não consegui...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Lição de Moral

Minha desculpa # 1 para me livrar de qualquer telemarketing é carregar na voz de nordestina e dizer que sou empregada, que a patroa não está em casa e pronto!

Ontem, logo de manhã (deveria ser proíbido!!!) toca o telefone e não era a minha mãe! Nem sei repetir o nome do lugar mas tipo uma Legião da Boa Vontade. A mocinha começou a contar a história da Dona Valdete que está com câncer, precisando de remédio, que o hospital que ela está não atende as nec.... Parei aqui e disse que era a empregada!

A mocinha engrossou a voz comigo e começou o maior discursso:
- Empregada nããão!! Você é SE-CRE-TÁ-RIA DO LAR!!! Uma profissão muito importante! Não se diminua por achar que é uma profissão pequena. Levante essa auto estima! Não deixe a sua patroa fazer com que você se sinta assim.

Ouvi aquilo tudo quietinha e só falei hã-hã, o tempo todo. E ela voltou para o ponto incial da conversa:
- Então, Dona Matilde, percebi na sua voz que você ficou sensibilizada com a história da Dona Valdete! Pois saiba que você também pode ajudar! Não é só a sua patroa.

Encarnei o personagem e me lembrei das aulas de teatro! Até a mão na cintura eu coloquei nessa hora!
- Olha aqui, minha filha, sensibilizada eu fico é com a minha história! Tenho 3 filhos pra criar, 3 bocas para alimentar, parede do barraco caíndo e se tenho que ajudar alguém é eu mesma! Agora deixa eu passar roupa que é assim que eu ganho meu pão! Sou empregada sim, e você também é! Empregado é quem tem emprego! Passar bem!

Já viu disso? Mocinha de telemarketing dando lição de moral as 8:30 da manhã! Ela tá boa para trabalhar no Disque-Solidão!

E Bina é bom para ensinar essas coisas: agora, de manhã, só atendo a minha mãe!

Por sinal, a minha secretária do lar ainda não acabou com o Listerine. Tem umas 4 gotas mas ela não vai acabar com ele nem jogar fora! Deve estar tensa...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Colecionadora

Parei de colecionar sonhos.
Vou colecionar só lembranças.

Os sonhos? Vou tratar de realizar!
E eles vão virar lembranças.
E assim abrir espaço para novos sonhos.
Que serão realizados.
E vão virar lembranças.

A coleção de lembranças vai crescer.
E a lista de sonhos vai andar.

Em tempo: Apostei tudo no preto 17. Perdi.
Esse sonho não sonho mais.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Efeito Chico

É impressionante a diversidade de reações que a entrada do Chico Buarque num restaurante causa nas mulheres!

A primeira, não viu, e ao ser informada... Veja a reação:

- Viu quem acabou de entrar?
- Não. Quem?
- O Chico Buarque.
- Aiiiii, meu Deeeeeus!!! Aonde???

Aqui não foi só um "ai, meu Deus"... Imagina que você abacou de contar que passou uma barata ou um rato? Foi essa a reação! Com direito a pulinho e tudo! Não que Chico seja similar a um bicho nojeto como esses mas a reação foi exatamente igual.

Ao ser repreendida levemente pelo marido, veio desabafar:
- Puxa vida, eu era apaixonada por ele quando tinha 15 anos! E 16, 17, 18, 28, 38, 48... 58!!

As demais reações:

- O Chico tá aí! Na última mesa, lááá no fundo. Nem adianta virar o pescoço que está fora de alcance.
- Ai, meu Deus! Já imaginou se quando eu for no banheiro ele estiver lá???
- É... Seria incrível!
(O que será que ela faria com o Chico no banheiro???)

- O Chico tá aí! Na última mesa, lááá no fundo. Nem adianta virar o pescoço que está fora de alcance.
- Ele sempre fica nessa mesa! É a mesa dele. Se eu soubesse tinha vindo mais arrumada!
(Íntima essa, né? O que será que mudaria se ela estivesse mais arrumada? Ele ia parar na frente dela e tascar-lhe um beijo? Na frente do marido?)

Eu conheci uma vez o cara que ficou famoso porque a mulher traiu ele com o Chico, na praia! Foi capa de todas as revistas de fofoca! E, pasmem, o cara se orgulha disso! Quase se apresenta com essa descrição. Deve colocar no cartão de visita "O Corno do Chico". Disse que os negócios melhoraram bastante depois do acontecido.

Uma vez li que haviam feito uma pesquisa e que (um número muito alto, não lembro exatamente mas vou chutar para ficar mais ilustrativo) "89%" das mulheres casadas trairiam seus maridos com o Chico Buarque. Se fizessem essa pesquisa com os maridos, pode apostar que o número dos que não se incomodariam com isso seria bem grande também!

Estranhamente eu estaria no 11% que não faria isso! Primeiro porque não sou casada (mas mesmo se fosse, tô fora), segundo porque tirando suas músicas lindas e seus belos olhos azuis, não acho a menor graça. Quando assito aqueles DVDs (espetáculares) sobre sua vida e arte, não consigo tirar os olhos do nariz enooooorme dele, e das orelhas! É impressionante o tamanho! Reparem!

Já fui num show, já fui no camarim, vi de perto, tirei foto,... O cara é incrível! Não ia perder essa chance de ter uma foto com um dos maiores poetas do mundo - não pelos seus lindos olhos azuis!

Eu sigo com a música, de olhos fechados para ouvir melhor! Se abrir os olhos, só vou prestar atenção no nariz... Sei que várias leitoras que passam por aqui vão reclamar (inclusive as que descrevi acima), mas pensem no lado bom: menos uma para concorrer com vocês!! O Chico é todo seu!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Diga-me onde sentas que direi quem és

Tudo começou quando mudei de sala (e de cargo, e de tudo mais). Minha sala nova, aquela com a vista maravilhosa, tinha mesa mas não tinha cadeira uma vez que a mesma acompanhou a antiga dona. E me restou fazer o mesmo, trazer a que me acompanhava, deixando minha ex-sala também sem cadeira. E quem foi para a minha ex-sala, também levou sua cadeira e assim quase foi formado o MSC - Movimento dos Sem Cadeira.

Chora daqui, chora dali, comecei a minha campanha e busca pela cadeira perfeita. E foi uma super busca! Raciocine comigo:

- quanto tempo do seu dia você passa sentado na sua cadeira de trabalho? Pelo menos umas 10 horas.

- quanto tempo você passa deitado no seu colchão? O recomendado é pelo menos 8 horas.

Pois é, a gente não dá a menor atenção para onde a gente passa a maior parte do dia (e da vida)! No colchão a gente pesquisa, experimenta, sabe tudo sobre molas ensacadas, densidade e pillow top. Já a cadeira, a gente convive com aquela que nos foi designada e pronto.

Foi com esse argumento é que desde ontem estou sentada na Ferrari das cadeiras, a super hiper mega ergonomica Aeron, da Herman Miller, a mesma cadeira do Jô!
Ela tem um mecanismo que se chama Posture Fit que mantem você na postura certa, é de tela o que deixa o corpo respirar (as cadeiras estofadas ou de couro aumentam a temperatura do corpo em até 4 graus!!), tem um milhão de regulagens de altura, inclinação, e um manual de como mexer nessa tralha toda!

Fica aqui a dica se você pode escolher onde sentar! Se você não pode, deita no colchão e sonha com a cadeira...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

No caminho tinha...

Meu caminho de casa para o trabalho consiste em andar uma quadra para a frente e duas para a direita. Existe a opção uma para a direita, uma para frente e mais uma para a direita, ou ainda duas para a direita e depois uma para a frente.

A ordem dos fatores altera o resultado? Aparentemente não.

Nessa minha "longa" caminhada até o trabalho, depois de algum tempo, passei a cumprimentar um porteiro daqui, um segurança dali, e hoje tenho que dar bom dia para uma meia dúzia. É um olá bem discreto, meio aquela balançada de cabeça, um aceno de leve para não dar muita intimidade. Mas sem deixar de ser simpática e de certa maneira também ficar protegida no quarteirão.

Mas eis que hoje, voltando para casa, fazendo o primeiro caminho (mais utilizado porque ando mais tempo olhando a praia), um dos meus "colegas", segurança do prédio mais caro do Leblon, resolve ir adiante do boa noite (já tinha dado bom dia de manhã):

- Desculpa perguntar, mas você tem dois empregos aqui no Leblon?
- Não!
- Ah... porque as vezes você passa mais de duas vezes por aqui.
- É porque as vezes tenho que ir em casa...
- Sei. Então tá.

Fala sério! O cara tá controlando meus horários, quantas vezes eu passo, e eu ainda dou explicação! Ele me pegou tão desprevenida que acabei respondendo. Por um momento achei que ele poderia estar me confundindo com alguém que ele viu trabalhando na padaria, ou na locadora, no banco, mas não! O cara fica em pé ali o dia inteiro, claro que vai ficar prestando atenção do que se passa (e quem passa) por na frente do seu nariz. E deve puxar papo com todas as domésticas, babás e velhinhos que passam por ali!

Mas comigo não! Principalmente perguntando quantos empregos eu tenho!! Quantas vezes eu passo por ali, infelizmente ele vai parar de contar porque o caminho 1 pra frente 2 pra direita vai ficar como última opção. Ou as próximas perguntas vão ser onde eu trabalho, onde eu moro, se sou casada... Aí vou ter que ser antipática! E ao invés de ficar protegida, vou ficar é com medo do observador!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Inundada

Quando escolhi essa foto linda e poética para o novo lay out do blog, chovia, chovia e chovia! E é bem a cara da estação. Não que eu quisesse mais chuva, mas era o que vinha pela frente! Mais ou menos como hoje, como ontem.

A diferença é que hoje eu também estou chovendo por dentro. Estou cinza, nublada, 16º, ventando. Sem raios nem trovões, mas exatamente como o dia de hoje. Aquela chuva que não pára. Aquela chuva que não te deixa esquecer que está chovendo. E o pior é que a previsão não dá pinta que vai melhorar. O meu guarda-chuva de coração nunca chorou tanto, assim como o meu coração de guarda-chuva, galocha, capa de chuva, encharcado...

Me lembrei de várias músicas que tem a chuva como tema (Rain - Madonna, Me chama - Lobão, Lágrimas e Chuva - Kid Abelha, Chove Chuva - Jorge Ben) mas nenhuma delas se encaixa no meu tipo de chuva. Se eu tivesse que ser uma música hoje, eu seria um fado, como os da Amália, a Rainha do Fado.

Preciso saber se eu fugir da chuva para um lugar ensolarado vou conseguir me secar ou se a nuvenzinha do desenho animado está sobre a minha cabeça! Preciso encontrar o sol, o calor, as cores, mas não acho no mapa um lugar para me aquecer. Quero usar meus vestidos, meus óculos escuros, meus protetores solar. Quero um verão que se anuncia há tempos mas nunca chega. Cansei de esperar o sol. Cansei de ficar na chuva. Quero abrigo.

domingo, 4 de maio de 2008

Muito mais que apenas uma vez!

Mais um filme surpresa: Once ("Apenas uma vez"), que me faz escrever sobre 3 assuntos.

O primeiro é o filme em si. Um filme irlandês, de não tão boa qualidade de imagem nem de som, mas com uma linda história que gira em torno de música, essa sim de qualidade, e de amor! Um par de atores também de qualidade que cantam de verdade. Cantam até demais! Na verdade são cantores e não atores. Não é um musical mas as músicas são interpretadas na íntegra até os acordes finais. Vale a pena só por isso, e além de tudo por isso. Falling Slowly foi vencedora do Oscar 2008 de Melhor Música. Põe melhor música nisso!

- Curiosidade: os personagens principais não têm nome! Super sacada! Pode ser eu, você, qualquer um de nós!

- Cenas preferidas: ela arrastando o aspirador pela rua insistindo para estar com ele; ela saindo de pijama para comprar pilhas para o discman e continuar ouvindo e colocando letra na música dele; qualquer uma que apareça o violão dele, todo quebrado (que é o que ele usa na vida real); o produtor no studio não dando a mínima para aqueles estranhos e se rendendo no refrão; todos eles na praia jogando frisbee e comemorando o final da gravação; e muuuuitas outras!

Falando em música e no contexto do filme, divido com vocês o som dos Irreversíveis que eu imagino ter nascido e sido gravado como no filme, com seu cantor e suas composições, e uma alma feminina que aparece para colocar as coisas para funcionar. Essa é outra surpresa boa do fim de semana. Vale a pena! Faz tempo que não ouço alguma coisa brasileira (principalmente com uma voz masculina) tão boa! E não é MPB, nem sambinha, nem bossa nova! É maneiro, moderno, cool!

Voltando ao filme, que é uma história de amor que não se torna uma história de amor por causa da covardia, falta de coragem, como sempre e principalmente, de um homem. A frase do cartaz diz tudo: How often do you find the right person? Você acha a pessoa e vira as costas, mesmo sabendo que não foi a toa que ela apareceu na sua vida! E o babaca, depois de tudo o que ela faz por ele, mais que uma amiga, sem querer nada em troca,... Vai atrás da que largou ele. A cena final é de levar qualquer um as lágrimas! Moral da história: nem nos filmes nem na vida real não há lugar para as boazinhas, as companheiras, as que ajudam, insistem, motivam, põe para cima!

Vale a pena ver e ouvir Once muito mais que apenas uma vez! O mesmo para os Irreversíveis!

Valeu pelas dicas, Bro (filme) & Sis (disco)!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ele sabe!!! Ele viu!!!


Esse cidadão, caminhando calmamente pelas areias de Ipanema, não sabe quem matou a Isabella, mas ele sabe de outra informação que o Brasil inteiro quer saber... Adivinha o que é? A pista está ... Bom, não precisa de pistas!