O Homem que não copiava

A lei não é tão recente mas o cumprimento é. Pelo menos para mim que não frequentava uma copiadora há uns 10 anos e para a coitada da moça que tentou, sem sucesso, tirar xerox de um livro de uma amiga. Mesmo estando esgotado há uns 12 anos segundo ela, o moço não copiou! Parabéns! Tadinha da moça. Tadinhos dos universitários...

Mas é sempre bom ver uma lei sendo cumprida. É proíbido a cópia de livros. Lei de direito autoral. Contra a pirataria. Mas não deve ser difícil achar um lugar que faça o serviço. Sempre tem alguém para fazer por debaixo dos panos (e as multi-funcionais estão aí para isso: scaneia, copia...) no caso de necessidade mesmo, ou malandragem.

O tiozinho da Xerox disse que um colega foi preso! Um policial foi fazer o teste e bimba! Ele copiou. E se ferrou. Desde então, todo mundo está com medo. Funciona com uma coisa tão simples, e para outras não faz nem cosquinha! Tem gente que não tem medo de ser preso e ponto.

Mais algumas ponderações sobre minha visita a copiadora:

- As máquinas cresceram uma barbaridade! Estão incrívelmente grandes, robustas, velozes e furiosas, cuspindo papéis como nunca vi antes! É a tal da modernidade... 60 cópias de uma folha simples ficam prontas em 30 segundos (se dependesse só da máquina)!

- Que trabalhinho mais chato esse!!! Coloca papel de um lado, sai do outro, amplia, reduz, aperta o botãozinho, coloca o papel, fecha a tampa, sai a copia do outro lado, aperta mais botãozinho, amplia, A4, colorida, aperta o botãozinho, abre a tampa, coloca o papel, fecha a tampa, aperta o botãozinho, sai do outro lado...

- Consegui descobrir porque eles fazem tudo tão degavar e deixam a gente esperando um tempão! É para o dia passar mais rápido. Eles ficam com a sensação que estão trabalhando muito, que tem fila, muito trabalho para fazer. Já imaginou se eles fazem tudo rapidinho e ficam a toa para jogar paciência? Quer chato seria isso...

- Será que eles dão uma olhadinha nas coisas que copiam? Será que são curiosos? No que será que ficam pensando enquanto a máquina trabalha? Como o cérebro está desocupado, dá para pensar na morte da bezerra e em toda a famíla dela.

- Até que ser preso daria uma animada na vida deles (brincadeirnha!). Ou pelo menos tentar advinhar: "Humm, acho que esse é teste! O é do jornal ou da polícia..."