quinta-feira, 9 de julho de 2009

S.O.S

Concluir que precisamos de ajuda e correr atrás dela é um dos momentos mais realizadores que a gente pode se permitir. Pode ser um empurrão de alguém querido ou a própria consciência, as fichas que começam a cair sinalizando que o limite chegou (ou passou).

Às vezes tentamos disfarçar para os outros e para a gente mesmo que está tudo bem, que amanhã vai passar, mas o peso vem mais forte e tirar a fantasia de Mulher Maravilha é um passo de humildade.

Depois do domingo-liquidificador as minhas fichas começaram a cair e ontem foi o dia D. Realizei que estou com problemas e que não vou conseguir desatar certos nós sozinha.

Surpresa! Eu tenho problemas!! Você não sabia?? Talvez porque não tenha perguntado. Talvez porque o "Tudo bem?" passou a ser um cumprimento como "Bom Dia" e não significa realmente que alguém tenha interesse em saber como você está.

Além disso é muito chato alguém perguntar "Tudo bem?" e a gente começar a desfiar um rosário de problemas. Cada um já tem os seus para que encher os ouvidos dos outros? Para isso existem os profissionais, que pagamos (alto) para nos ouvir.

E foi o que fiz hoje. Depois de quase 2 anos de alta, liguei para a minha terapeuta pedindo arrego. Só de ter feito isso as coisas ficaram mais leve (uns 100 gramas) e depois de 2 horas de conversa começo a ter noção dos próximos passos.

Decidi dizer alguns "Nãos", "Não posso", "Não consigo", "Basta"! Me dei essa sexta-feira de folga para ficar comigo, desligar a tomada e o celular, organizar os pensamentos, os sentimentos, os planos, ou simplesmente não fazer nada! Preciso cuidar dessa carcaça já que ninguém vai fazer isso por mim.

Foi bom perceber isso com a cabeça antes que a saúde me desse alertas mais sérios.

O mundo ficou muito pesado para mim.

5 comentários:

UrbAnna disse...

Anna,
É maravilhoso ter esta percepção antes da saúde ser afetada.
Há poucos dias eu me dei o direito de cuidar um pouco mais de mim mesma, já que nos últimos meses não conseguia tempo nem pra olhar no espelho direito, quem dirá olhar para dentro de mim...
E não adianta... é essencial que cuidemos mais de nós mesmas, fisica e psicologicamente falando. Às vezes nos doamos demais às pessoas à nossa volta, ao trabalho... deixamos passar batidas coisas que nos incomodam muito, e que na verdade não passaram batidas, ficaram apodrecendo cada vez mais dentro de nós, escondidas em algum cantinho.
Nesses últimos dias eu consegui aprender que dizer "não" nem sempre é o suficiente, o principal é dizer "não" e não ficar se culpando ou martirizando por causa da negação feita à outrem.
Mais do que nunca, a frase para vc hoje é:
CARPE DIEM!
Beijão
urbAnna

Renatinha disse...

Nossa Anna, que bom!
Estou exatamente assim, indo na terapia, mudando o rumo da vida e tentando voltar a ser mais leve.
Vai dar tudo certo.
beijos e conte com as amigas virtuais se quiser.
Re

IsABela araÚjo siLVA disse...

Anna, arrasa!
fiz um ano de análise, como saí de Brasília, estou parada fez um mês e já encontrei um novo profissional aqui em Botucatu, devo retomar em breve. Assumir nossas fraquezas, encará-las de frente e querer sempre se transformar já faz de nós mulheres absolutas! Hahaha. Beijo querida e vai dar tudo certo sempre!

Anônimo disse...

Eu sempre pensei em fazer terapia.Mas as coisas nunca sairam do projeto.
Talvez eu tambem esteja precisando.
Sim...o mundo anda pesando pra mim tambem.
Que bom que vc deu esse passo.
Um passo POR VOCÊ.

Beijo

ANNA disse...

Obrigada pelo carinho, meninas! É bom saber que não sou a única... Contem comigo também!

Obrigada também aos carinhos não-virtuais que recebi! Foi bom ter escrito aqui certas coisas que estavam entaladas...