sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Singing in the rain

Volta para "casa" depois do último dia de feira. Saio do metrô e tenho uma visão: um guarda-chuva solitário, abandonado sobre o banco da estação. Dou alguns passos tentando ignorar mas retorno imediatamente para resolver o problema dele de solidão e o meu da chuva que caia lá fora.

Fomos andando juntos, subindo as gigantescas e intermináveis escadas rolantes e ao sair na rua, a chuva fina nos aguardava.

O sentimento que até então era de malandragem, com um pouco de culpa de pegar uma coisa que não me pertence acabou ali, afinal, se não fosse eu, outra pessoa iria pegá-lo.

Já adivinhou o final da história? O que poderia piorar? O dono aparecer? A polícia me interpelar porque viu pelas câmeras de segurança? Algum londrino me dizer para levar no Achados e Perdidos?

Não, nada disso! Só que a porcaria do guarda-chuva estava quebrado!!! Claro! E eu não poderia chegar no multi-million-pounds hotel com uma sombrinha toda desgrenhada...

Lixo. Chuva.

Um comentário:

IsABela araÚjo siLVA disse...

hahaahaha.
eu já passei por uma sensação semelhante, imagino eu... sabe qdo vc está na fila do caixa eletrônico e tem um dos caixas que está vazio? eu nem pensei muito e fui logo tentar sacar meu suado dinheirinho, mas não durou nem 2 seg a minha alegria, é óbvio que estava com defeito, isso explicava a fila no caixa ao lado... eu eu percebi o risinho no canto da boca das pessoas, claro.