terça-feira, 2 de junho de 2009

Paulicéia desvairada

Nasci em São Paulo, mas não me lembro dos 6 primeiros anos de vida na terra da garoa. Acredito que durante a adolescência devo ter passeado por lá, mas também não me lembro. Já tiveram viagens a trabalho, sem grandes registros no HD.

Tá certo que eu tenho problema de memória, alguns dizem que é memória seletiva, mas não acho não... O fato é que minhas lembranças de Sampa são bem recentes, como se eu tivesse conhecido mesmo a cidade há uns 5 anos.

Aí começou uma história de amor com SP. E bota amor nisso! Não... não me apaixonei por nenhum paulista. Mas a cidade serviu de cenário de momentos felizes, inesquecíveis, sentimentos que revivo a cada pouso em Congonhas.

São Paulo também se transformou em problema e solução. Virou sinonimo de hospital, médicos, exames, pontos, UTI e então nasci de novo. Bem perto da data do meu "primeiro nascimento".

Uma nova fase da minha vida começava e a cidade permaneceu no meu caminho. Apareceu como possibilidade de uma nova vida com uma proposta de trabalho recusada. Apareceu com novos amigos (cada vez mais), fotografia e diversão.

Agora me fizeram escolher um time de lá para torcer (como se eu gostasse de futebol)! O "meu" e "então" não me incomodam mais (e já estou fazendo eles falarem "cara"). Já me entendo em certas áreas da cidade. Já puxo papo com taxista. E me vejo até morando lá (apesar de gostar do SPWeekend, sem engarrafamentos!)

E a cada vez que que chego lá gosto mais dos lugares, das pessoas, das inúmeras opções de programas que sempre servem de desculpa para um fim de semana especial. E volto para o Rio uma pessoa diferente.

É, San Pablo... Obrigada por me libertar. Obrigada por transformar meu olhar a cada visita. Obrigada por me fazer ver coisas diferentes em mim mesma e nas outras pessoas.

9 comentários:

Pedro Obliziner disse...

Aposto que muito do motivo de você estar adorando são paulo vem dos seus primeiros seis anos "esquecidos", freud explica. E, como assim? Todo mundo aqui fala cara, cara!

mc disse...

Nao e todo dia que vemos a declaracao sincera de um carioca por Sao Paulo!
Que bom!!

Carla Querci disse...

eu falo muito "meu" hahaha,,,,,

adorei seu blog!
prazer e bjo!

UtópicA disse...

Tbm AMO Sampa. Nas minhas férias vou dar um chego lá, de uns 4 ou 5 dias.

Renatinha disse...

Como carioca que mora em SP, entendo cada palavra da sua declaração de possível amor.
Esta cidade tem mil defeitos, mil conflitos, mil buzinas, mas ela pulsa com a gente, ela se choca, nos choca e nos transforma em seres estranhos, estranhamente imbutidos na sua loucura.
beijos
Re

Anônimo disse...

Cara!!!
Que post lindo! rs

Eu nasci e fui criada aqui.
Amo SP.
Odeio SP.
É uma relação de amor e ódio.

Concordo plenamente com a Re.
SPO pulsa.Nos choca e nos transforma.
Transforma em seres abertos a tudo: a diversidade,a diferença,ao caos,a loucura,a paz,ao concreto e as belas paisagens.
SP é sempre uma bela surpresa.Mesmo pra quem sempre morou aqui.
Amo.

Bjos

Gastón disse...

Minha (muito) querida, a gente só faz isso pra um dia um certo alguém mudar mesmo pra cá ;)

Adoro Sampa, adoro você, adoro quando você vem pra Sampa.

N. Ferreira disse...

Ah, Sampa, ame-a ou deixe-a...!
Bacana seu blog, voltarei mais vezes :)
Beijos

Paula Nigro disse...

É... Sampa tem um monte de "deficiências" mas é o máximo.
Ela mexe com a gente!
Beijos