sexta-feira, 25 de julho de 2008

Lágrimas ao invés de suor

Tudo começou há exatamente 3 anos atrás. Nos conhecemos por livre e espontânea pressão. Um encontro marcado com um único objetivo. Contra a minha vontade.

Só topei encarar o desafio porque era com ele. A única pessoa nessa cidade que conhecia Train além de mim. Por trás daqueles óculos parecia ter uma cara legal.

Nossos encontros eram sempre no começo da noite. 3 vezes por semana. Não tomei gosto pela coisa mas ele conseguiu de mim uma missão impossível.

Passou a ser meu confidente. E muitas vezes eu esquecia o principal objetivo daqueles encontros e ia só atrás de um carinho, de um colo, de um par de ouvidos. Dividi com ele todas as minhas alegrias, tristezas, ansiedades, dúvidas, aventuras, músicas e experiências.

E junto com isso ele tratava de trabalhar no real objetivo da nossa relação. Me empurrava, me incentivava, me colocava para cima, me mostrava os resultados. E claro que eu ficava muito feliz com isso. Cuidava do meu corpo e da minha alma.

Era o momento mais esperado do dia. Podia ter tido um dia de cão mas chegava lá e tudo mudava. Em 1:30 ele me transformava.

Conversávamos sobre tudo que se possa imaginar: família, relacionamento, trabalho, espiritualidade, sexo, música, filosofia. Acho que também virei confidente dele. Ouso dizer que viramos amigos. Não daquele tipo que se fala todo dia, que sai junto, mas daquele que você pode ser você mesmo, contar o que for, sem se preocupar com julgamento.

Quantas gargalhadas já não demos juntos com seus passinhos de dança e suas imitações! Cada performance melhor que a outra. Já me levou para a maior roubada também e até disso a gente riu muito. Inesquecível!

Há um ano atrás, para minha tristeza parcial, nossos encontros se tornaram semanais. Era o programa de sexta a noite. O melhor que poderia existir. Naquela sala minúscula, com paredes laranja que muitas vezes me davam sono, cercados de ferro.

Hoje, 25 de julho, foi nossa última sexta-feira juntos. Meu coração está em pedacinhos e não tenho mais lágrimas para chorar. Foi difícil sair de lá. Foi difícil despedir. Os dois, chorando como duas crianças. Difícil pensar que sexta que vem não vou vê-lo mais. Nem na outra, nem na outra... A tristeza é maior que tudo. É duro aceitar que alguém vai sair da sua vida, assim, sem aviso prévio.

W., você mora no meu coração e jamais vai entender a importância que você teve na minha vida. Boa sorte e sucesso! Você merece!

Um comentário:

Anônimo disse...

So sad too.