Domingos se mudou para Lisboa. Pretendia passar 1 ano por lá fazendo um curso de pós-graduação em Direito Internacional. Ainda no Brasil tratou de conseguiu um emprego num escritório de advocacia na terrinha.
No escritório, tinha dois colegas brasileiros, mas dividia a sala com uma advogada portuguesa, Matilde, e também a secretária, Sofia.
Já na primeira semana foi aprendendo alguns termos idiomáticos que são usados de forma diferente do nosso português. Com o passar dos dois primeiros meses já tinha um vocabulário digno de Camões para ser empregado nas mais diversas ocasiões, de restaurante até farmácia, passando pelos termos jurídicos, claro.
Um certo dia, Sofia entra na sala, muito tranquilamente para entregar a Domingos alguns arquivos e comenta com um ar blasé que Matilde não ia trabalhar pois estava aleijada.
Domingos salta da cadeira, assustado! "Como assim aleijada??? Meu Deus! Como foi isso?"
Sofia deu de ombros, sem enteder a aflição de Domingos, que saiu da sala como um foguete atrás de mais informações com alguém mais inteligente e sensato que aquela figura que tinha o buço maior que o bigode do seu pai.
Encontrou com Henrique (brasileiro, opá) no corredor e perguntou, desesperado, se ele sabia que Matilde tinha ficado aleijada.
Henrique, que já mora em Portugal há 3 anos, caiu na gargalhada. Domingos continou sem entender nada e perguntou mais uma vez como foi que isso pode acontecer com aquela linda mulher de 30 e poucos anos.
O gajo malandro explicou que aleijar é usado para machucar. Matilde só machucou a perna ao sair da casa de banho.
Domingos tenta se recuperar do susto e se lembra de uma lição anterior de português: "Mas machucar não era magoar???"
Ora pois...
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
tá treinando pra amanhã? bjs
vc está indo pra lisboa?
Adorei! Eu já morei em Portugal e passei por histórias parecidas, felizmente sem susto, só com a parte divertida. Fiquei rindo aqui ao ler o post. Ora pois...
Postar um comentário