sexta-feira, 20 de junho de 2008

Saga Oriol

Em busca de viver mais uma nova experiência em Barcelona, devo estar uns 2 cm mais baixa e uns 3 quilos mais magra.

Explico. Saí do hotel rumo a boutique de chocolate mais falada do mundo da gastronomia: Oriol Balaguer. Ele é o chocolatier catalão que cria chocolates mirabolantes. Wasabi, trufa negra, açafrão, azeite de oliva, curry, sal grosso e até rúcula são ingredientes utilizados em seus bombons, doces e tortas.

Meu objeto de desejo não era nenhuma dessas extravagância exóticas (claro que ia provar alguma coisa). Mas a delícia "que todo mundo deveria experimentar antes de morrer", o delírio absoluto: a torta Sete Texturas de Chocolate, com chocolate líquido, congelado, em mousse, geléia, ganache, biscoito e crocante. Achei que valeria a pena e resolvi ir caminhando.

Estudei o mapa antes e era longe pra caramba (levando em consideração que em Barcelona tudo acontece mais ou menos num mesmo miolo). Segui a minha caminhada, que teria a distância prevista (de carro e em linhas retas) de 4 km. Fui em zig zag, explorando e me perdendo, o que certamente transformou a maratona em 8 km. Ah, mencionei que faziam 39 graus?

Pensei em desistir por diversas vezes. Será que as Sete Texturas valeriam tanto sacrifício? Aí você me pergunta por que eu não peguei um táxi. E é uma boa pergunta mesmo. Não sei porque não peguei um táxi. Meus pés doíam, o ombro doía ("a" bolsa pesada).

Já me sentia uma daquelas atletas que terminam a prova nas Olimpíadas com os pés sangrando e desmaiam quando cruzam a linha de chegada. Olhava no mapa e estava na reta final (depois tinha mais uma curva). O endereço era uma pracinha redonda no meio de um bairro residencial. Uni-duni- tê e fui para a direita. Nada do Oriol. Dou meia volta para a esquerda ou continuo? Continuo.

E eis que surge um letreiro com as inicias OB! Os olhinhos brilharam. Parecia que eu estava num deserto e tinha avistado um oásis. Acho até que o que eu mais queria era beber água, fazer xixi e sentar. Tinha até esquecido do chocolate.

Ainda bem que eu esqueci das Sete Texturas porque a loja estava fechada por causa da PORRA da siesta!

2 comentários:

Luiza Rudge Zanoni disse...

Já passei por isso algumas vezes. Andanças intermináveis para dar de cara com um portão fechado! Irritante.

Não sabia desse lugar-doce-e-incrível. Em breve devo estar por aí e vejo se consigo encontrá-lo aberto.

Beijo, VS.

Anônimo disse...

Não há NADA que me causa mais stress do que essa PORRA da siesta!! Me dá um nervoso qdº estou por aquelas bandas e qdº acordo já tá tudo fechado para descanso!!! Fico P da vida e não me conformo com isso, menina!!! PS: Só encaro Adão e Eva de voyeur,rsss